Queimadas
Ênio Medeiros
O homem que vive a queimar a campina
Tem a alma assassina, insana e demente
Esquece que o pão que tem sobre a mesa
Vem da natureza que Deus fez pra gente
É preciso expor a realidade
Porque, na verdade, quem cala consente
O fogo é um demônio que vi campo afora
Destrói fauna e flora e o meio ambiente
O homem precisa do solo onde pisa
A terra agoniza ao ver a fraqueza
Da gente insensata que abusa e maltrata
Violenta e mata a mãe natureza
Tatu mulita campeia de toca
Porque se sufoca no calor ardente
Enquanto pequenos animais nativos
São queimados vivos inocentemente
Os pássaros migram pra outras fronteiras
As cobras cruzeiras e outras serpentes
Quando têm a sorte de mudar de norte
Escapam da morte n'alguma vertente
O homem precisa do solo onde pisa
A terra agoniza ao ver a fraqueza
Da gente insensata que abusa e maltrata
Violenta e mata a mãe natureza
Me ponho a cismar: que maula o destino
Do homem assassino, covarde e astuto
Que ganhou a terra tão fértil tão pura
Porém, não cultiva pra colher o fruto
Depois das queimadas, ficou devastada
Restando, somente, naquele reduto
Um pañuelo negro estendido na campa
Mostrando que a pampa se encontra de luto
O homem precisa do solo onde pisa
A terra agoniza ao ver a fraqueza
Da gente insensata que abusa e maltrata
Violenta e mata a mãe natureza
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