Cochicho no silêncio vira barulho, irmã
Verônica Ferriani
Cochicho no silêncio vira barulho, irmã
Na saga da fome, quem seca a barriga é mãe
Em guerra de ego, quem zela por outra é santa
Na babilônia, atlântida, foi assim ou não?
Segredo na calada da noite dá em rebelião
Nova ideia com força de bando será a revolução
Na torre da praça, o mercado, a civilização
Na velha atenas, shangri-lá, foi assim ou não?
Chegou, rompeu, roeu, rasgou
Temeu, sonhou, seguiu, nasceu
A voz da igualdade e do amor
Deu recado, amplificou
Sabe quem, como e porque
Ouviu tanto grito e chororô
Que esse braço é de benzer
Mas a mão ‘inda é de sinhô
Na rua deserta, no muro, na bifurcação
No passo, no trilho, no ponto pega a condução
De filha no peito, no tanque, faxina e fogão
Em Jericó, macondo, rio, foi assim ou não?
De sinhô, de sinhô, de sinhô
Sinhá, sinhazinha, sim, sinhô
De sinhô, de sinhô, de sinhô
Sinhá, sinhazinha, sim, sinhô
De sinhô, de sinhô, de sinhô
Sinhá, sinhazinha, não, sinhô
De sinhô, de sinhô, de sinhô
Espera sentado, que eu não vou
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