O Jogador
Varandistas
O meu verso vem de berço
Vem da Barsa, controverso
Lebre à noite é gato pardo
Vendo à vista, vendo em partes
Prezo um prazo, sai fiado
Cobro o preço do meu fardo
E já não peço em troca agrado
Quero artista desvendar-te
Quero a arte que me cabe
Deste esporte - ser poeta
De porte, atleta, quem sabe
De sorte, amor na roleta
Quanto a morte, de onde meço
Não é meta e sim começo
Não o norte, sou meu guia!
A seta, não alvo, a via
A reta, a linha e o corte
Meu forte, minha veneta
Me procuro ou quem comporte
Como um muro, esta faceta
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