Hoje

Hoje
Trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero, a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo

Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Cores, viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua às minhas mãos

Mas hoje,
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas luas, pelas ruas
Na solidão das noites frias por você

Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte

Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta, vivo em minha sorte

Sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim como eu te amei

Actualmente

Actualmente
Llevo en mi cuerpo las marcas de mi tiempo
Mi desesperación, la vida en un momento
El pozo negro, la hambruna, la flor, el fin del mundo

Actualmente
Traigo en la mirada imágenes distorsionadas
Colores, viajes, manos desconocidas
Trae la luna, la calle en mis manos

Pero hoy
Mis manos debilitadas y vacías
Busca desnudos por las lunas, por las calles
En la soledad de las noches frías para ti

Actualmente
Los hombres sin miedo vienen al futuro
Me temo que me despierto y te busco
Mi cuarto oscuro es inerte como la muerte

Actualmente
Los hombres de acero esperan de la ciencia
Me desespero y abrazo tu ausencia
Eso es lo que me queda, vivo en mi suerte

Suerte
No quería que la juventud se perdiera
No quería caminar muriendo de por vida
No quería amar como te amaba

Composição: Taiguara