Sonhos
Sergio Anil
Sonhos batem a porta
Perturbam o sono fraco
Mas nada importa
No coração quadrado
De quem sobrevive
Das rotinas e do medo
De arriscar e de escrever
Nessas entrelinhas
Sonhos impossíveis
Pedem um despertar
Atenção, coração
É hora de viver
Ultrapassar o céu
E não se contentar
Nem com o infinito
Ou o máximo prazer
Sonhos aprisionados
Estamos condenados
Ao pesadelo real
Da perfeição imaginária
Risadas ao passado
Previsões para o futuro
O que pode estar errado
Num caminho tão seguro?
Sonhos batem a porta
A chance pra eu
Jogar pro alto
Os anos perdidos
Inutilidades
Tantos anos de idade
Que passei sem perceber
Sem viver de verdade
Os sonhos batem a porta
Mas quem vive de sonhos
Nunca acorda
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