Gota de Sangue
Sergio Anil
Ninguém viu, fez que não viu
Sentindo que poderia estar ali
Embrulhado, esquecido
E ninguém viu se foi atingido
Bandido segue a sina assassina
Com as balas que sinalizam
Quando começam e quando terminam
Quando revezam e quando exterminam
E os novos alvos estão na mira
Os novos alvos na mão de quem atira
Os novos alvos que nunca se viram
Nunca viram a morte escondida
E seja na morte, seja na vida
Seja nessa eterna batalha perdida
Ou seja na paz iludida
Talvez a frieza adquirida
Surgiu um resto de esperança
Nos olhos e na alma de uma criança
Que cresceu e virou lembrança
Na vingança e na paz descansa
Enquanto todos aqui embaixo se cansam
Uns fogem, outros somem
Uns morrem e outros correm
Sabendo que vão morrer
Só não sabem porque
Cai a gota de sangue
Cai a lágrima de sangue
A vida foi impedida
A vida fez mais uma vítima
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