Novembro
Sergio Anil
Não entendo tudo que vivi
Nem confio no que aprendi
Senti falta do que não queria
E voltei a ser como nunca fui
Percebo a insanidade do que é sagrado
E o corpo inquieto falindo onde antes era só carinho
E a tua coragem de assumir a covardia
Com o golpe delicado e a verdade bruta
Foi difícil acreditar que tudo deu em nada
E que todo mal que ficou tão perto vinha assim de ti
Perdi tempo procurando solução
Até compreender sua incompreensão
Meus olhos cansados nunca mais buscarão
Aos seus indiferentes
E a última lágrima você não verá
Te quis, te amei, te odiei como ninguém
Meu coração ainda chora
Ele sabe que agora
Não há mais nada a se fazer
Quase derrotado descobri o meu poder
Quem sabe saber ao inimigo agradecer?
O vulto de quem deu o melhor
Se perderá pra sempre em seu passado
Vou recomeçar sempre que precisar
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