Uma Distância
Sebastião da Silva
Os versos, que eu canto vocês irão ver
Todo o meu sofrer com tão grande dor
Ninguém neste mundo não sente alegria
Sem saber o dia que ver seu amor
Com esta saudade que estou agora
Meu coração chora meus olhos também
Relembro as carícias juras amorosas
E os dias de rosas que hoje não vem
Canto tantas noites ao som deste pinho
Tristonho, sozinho, sem me consolar
Nos bancos das praças, canto as minhas dores
Que até as flores começam murchar
Eu me lembro ainda das noites passadas
Que lá nas calçadas, você me dizia
Que uma distância jamais suportava
E eu confirmava que também sofria
E todo meu pranto jamais se resume
Se do seu perfume alguém já sentiu
Vou viver cantando chorando e bebendo
E ao mundo dizendo que você mentiu
Mas se esta ilusão jamais acontece
Você não merece que eu pense assim
Só peço querida nesta serenata
Que não seja ingrata volte para mim
Só peço querida nesta serenata
Que não seja ingrata volte para mim
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