Rua das Árvores
Sandro Carvalho
Cada palavra, adjetivo, cada pronome, substantivo
Diversos versos, certos, inversos, sejam pra te adorar
Eu tão confuso, você presente.. Eu não te entendo, você ciente
Tudo que quero palavras na mente, para me declarar senhor!
Lágrimas que descem traçando seus caminhos
Pelo rosto como se indicassem a direção
Direto ao pó e ao chão, como folhas voando ao vento
Como o tempo passou rápido nessa estação
E esse trem já não para! Não para, não!
Mil dias são como mil anos, mil anos são como mil dias
Para tudo muda o tempo, muda o mundo, o mundo novo
O velho Deus e o novo Deus sempre foram um só
Ai de mim pequeno homem, de status ausente se a dor é presente
Sou barro, argila, obra pequenina, inspirando sua expiração
Menino, criança, sou velho, lembrança, sou árvore seca com folhas ao chão
E, e ee e
Molha, senhor, minha vida, pois sou árvore retorcida
Dá-me flores, dá-me frutos, dá-me teu amor
Me molha com tua palavra, eu prefiro ser podada
É machado, causa dor, mas sei que é amor
E esse amor já não para! Não para, não!
Amor já não para! Não para!
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