Praia das Lagrimas

Ó mar salgado eu sou só mais uma
das que aqui choram e te salgam a espuma.

Ó mar das trevas que somes galés meu pranto intenso engrossa as marés.

Ó mar da india lá nos teus confins de chorar tanto tenho dores nos rins.

Choro nesta areia salina será choro toda a noite séco de manha.

Ai ó mar Roxo ó mar abafadiço poupa o meu homem não lhe dês sumiço.

Que sol é o teu nesses céus vermelhos que eles partem novos e retornam velhos.

Ó mar da calma ninho do tufão que é do meu amor seis anos já lá vão.

Não sei o que os chama aos teus nevoerios será fortuna ou bichos-carpiteiros.

Ó mar da China Samatra e Ceilão não sei que faça sou viuva ou não.
Não sei se case notícias não há será que é morto ou se amigou por lá

Playa Lagrimas

Oh mar salado, soy sólo otro
Los que lloran y salan tu espuma

Oh mar de tinieblas que sois galeras, mi intenso llanto engrosa las mareas

Oh, mar de la India en tus confines de llorar tanto que tengo dolores de riñón

Llorar sobre esta arena salada estará llorando toda la noche por la mañana

Oh mar púrpura, oh mar sofocada, no dejes que mi hombre lo regale

Qué sol es tuyo en esos cielos rojos que se rompen y vuelven viejos

Oh, mar de calma nido de tifón que es mi amor hace seis años

No sé cómo los llama tu niebla. Será fortuna o carteros

Oh China Sea Samatra y Ceilán No sé qué hacer Soy viuda o no
No sé si me caso con noticias. No es de extrañar que haya matado o hecho amigos allí

Composição: Carlos Tê / Rui Veloso