Tombado Ao Chão
Grupo Sanfonaço
Tombo de joelhos cabisbaixo em reverência
Pela Querência tiro meu chapéu pra Deus
Xucras lembranças me assolam a memória
Rastros da história vão domando os dias meus
Patrão celeste te agradeço os regalos
Cantar do galo meu despertador campeiro
E as noitadas de invernias neste pago
Um mate amargo no aconchego do braseiro
A lida bruta de domar um aporreado
Castrar o gado em dias de marcação
Hoje estou velho e o meu corpo calejado
Peço um costado de joelhos tombado ao chão
A aba larga me protege do sereno
Poncho encarnado pros dias de precisão
Eu te agradeço pela China companheira
E a piazada de algazarra no galpão
Muito obrigado pelas lidas de mangueira
O cusco amigo, as encilhas, meu potreiro
A ti mil gracias por ter me feito gaúcho
Vida de luxo, rude e xucra de tropeiro
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