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As nova corre pra porta
E as veia bate as janela
Quando eu cruzo na cancela
Disposto a me incomodar

Não sou muito de adular
Quem desfaz dos meus arreio
Saco, na trança do reio
E no grito de ui pá pá pá pá

Se abre as tampas pra fora
E atiro o caixão pra trás
É que sei como se faz
Embora não dê-lhes grito
Mesmo assim não facilito
Se o destino me provoca
Que até o demônio se entoca
Quando largo a pau e grito

E se o beiçudo se volta
Com ganas de me apertar
Não sou de me apavorar
Nem ando esquentando banco
Cruzo a perna e saio ao tranco
No grito de ui pá pá pá

Depois de me enforquilhar
Mando dá um tapa na cara
Se o velhaqueiro dispara
Muda o jeito de apanhar
Eu tenho sangue de ajá
Pulsando dentro das veias
E um pala franja vermelha
Pra fazer chá-rá-chá-chá

O dia separa a noite
E a sanga bota pra fora
Canta roseta na espora
Num sarandeio bonito
Vamo evitando conflito
Mas sempre impondo respeito
E o que é torto eu endireito
Quando largo a pau e grito

Compuesta por: Anomar Danubio Vieira. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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