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Fala do Homem Nascido
Adriano Correia de Oliveira
Habla del hombre nacido
Fala do Homem Nascido
Vengo de la tierra embrujada
Venho da terra assombrada
Del vientre de mi madre
Do ventre da minha mãe.
No pretendo robar nada
Não pretendo roubar nada
O lastimar a nadie
Nem fazer mal a ninguém.
Sólo quiero lo que me deben
Só quero o que me é devido
Por traerme aquí
Por me trazerem aqui.
Que ni siquiera me oyeron
Que eu nem sequer fui ouvido
En el acto en que nací
No acto de que nasci.
Traigo mi boca para comer
Trago boca pra comer
Y ojos que desear
E olhos pra desejar.
Tengo prisa por vivir
Tenho pressa de viver
Esa vida es agua corriente
Que a vida é água a correr.
Tengo prisa por vivir
Tenho pressa de viver
Esa vida es agua corriente
Que a vida é água a correr.
Vengo del fondo del tiempo
Venho do fundo do tempo
No tengo tiempo que perder
Não tenho tempo a perder.
INSTRUMENTAL
INSTRUMENTAL
Mi barcaza amañada
Minha barca aparelhada
Suelta el trapo hacia el norte
Solta o pano rumo ao Norte.
Mi deseo es pasaporte
Meu desejo é passaporte
A la frontera cerrada
Para a fronteira fechada.
No hay vientos que no sean buenos
Não há ventos que não prestem
No hay mareas que no se adapten
Nem marés que não convenham.
No hay fuerzas para abusar de mí
Nem forças que me molestem
Cadenas para detenerme
Correntes que me detenham.
Quiero a mí y a la naturaleza
Quero eu e a natureza
Esa naturaleza soy yo
Que a natureza sou eu.
Y las fuerzas de la naturaleza
E as forças da natureza
Nadie los ha ganado nunca
Nunca ninguém as venceu.
INSTRUMENTAL
INSTRUMENTAL
¡Discúlpeme! ¡Discúlpeme! ¡Discúlpeme! ¡Discúlpeme!
Com licença! Com licença!
Que la barcaza se fue por la borda
Que a barca se fez ao mar.
No hay poder que pueda vencerme
Não há poder que me vença
Incluso si estoy muerto, pasaré
Mesmo morto hei-de passar.
No hay poder que pueda vencerme
Não há poder que me vença
Incluso si estoy muerto, pasaré
Mesmo morto hei-de passar.
¡Discúlpeme! ¡Discúlpeme! ¡Discúlpeme! ¡Discúlpeme!
Com licença! Com licença!
Se dirige hacia la estrella polar
Com rumo à estrela polar.
INSTRUMENTAL
INSTRUMENTAL
Vengo de la tierra embrujada
Venho da terra assombrada
Del vientre de mi madre
Do ventre da minha mãe.
No pretendo robar nada
Não pretendo roubar nada
O lastimar a nadie
Nem fazer mal a ninguém.
Sólo quiero lo que me deben
Só quero o que me é devido
por traerme aquí
por me trazerem aqui.
Que ni siquiera me oyeron
Que eu nem sequer fui ouvido
En el acto en que nací
No acto de que nasci.
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