Garange
Velho de Câncer
Espalha a alma no chão
O sangue pulsa sentido Viamão
O trago
amargo da sarjeta
Errar a corda e perder mais uma palheta
Como uma cobra
lenta, na contramão
Veneno adianta contra a roda de um caminhão
O cheiro
podre do ônibus quente
Remédio amargo deprimente
Como um aborto que se eleva
ao chão
E o circulo de fogo em volta do escorpião
Me diga o que sobrou do
escuro
Um velho podre, construindo outro muro
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