O Mesmo Blues
Salomão Di Pádua
Eu canto o que me cabe em tom menor
Não sei como sou tão comum
Faço por mim o que eu puder
Cada irmão, cada irmã, qualquer um
A vida é mesmo assim
E seja o que eu quiser
Eu não sou um negro-gato,
Mas eu sei como sou negro
Não temo a ninguém,
Só aos fantasmas de mim mesmo
Eu sou o que se pode imaginar
E o que já não se pode mais fazer
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