Canto do Aprendiz
Raimundo Sodré
Menino, que fui menino
La pras bandas do sertão
Tinha cuia como escola
E a fome por devoção
Nasci na desatenção
Do destino
Escapulindo
De "porta travessa"
Pulei pra fora da vida,
Sorrindo
Quase dormindo
Mas com muita pressa
Pois u me ponho num barco e me levo
Eu me "boto" num bote e me levo
Passei por umas e outras, menino
Nesses caminhos de espinhos e pedras
Inventei minha sorte, caminho
Entre sonhos, esperanças, esperas
Pois u me ponho num barco e me levo
Eu me "boto" num bote e me levo.
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