8 Ou 80

Entre Extremos e Segredos: Uma Análise de '8 Ou 80' de Pitty

A canção '8 Ou 80' da artista brasileira Pitty, mergulha nas complexidades da natureza humana e nos extremos comportamentais. A letra revela uma luta interna comum a todos, onde segredos e medos são guardados tão profundamente que nem ao próprio indivíduo são revelados. Este aspecto é destacado nos versos que falam sobre os segredos que as pessoas não contam nem para si mesmas e o receio do que veem no espelho, sugerindo uma desconexão entre o eu interior e a imagem projetada para o mundo.

Pitty explora a ideia de viver entre extremos, como indicado pelo título '8 Ou 80'. Ela expressa uma preferência por situações e emoções intensas, evitando a mediocridade que reside no meio. A repetição da frase 'Nem sempre ando entre os meus iguais' e 'Me dou bem com os inocentes, mas com os culpados me divirto mais' sugere uma dualidade em sua personalidade e nas escolhas de vida, destacando uma atração pelo perigo e pela complexidade das relações humanas.

A música também aborda a ideia de que todos têm desejos ocultos e maneiras de lidar com a dor, seja através de remédios ou 'drogas que vêm com bula'. Essa honestidade brutal sobre a condição humana e a constante busca por algo que alivie a amargura da vida ressoa com muitos ouvintes, fazendo desta canção um espelho das inseguranças e dos prazeres ocultos que moldam nossa existência.