Clara Sinhá
Moacyr Camargo
Hoje é Karina
Olhar tão longe na amplidão
Como a lembrar um tempo distante
Numa fazenda onde a chamavam de sinhá
Clara Sinhá aprendiz do coração
Ontem foi Clara, hoje é Karina
A mesma mulher outra emoção
Só quer agora em nova hora serenar seu coração
Clara ousada qual vento solto nos campos
A todos queria com o calor dos vulcões
Dos homens a paixão, depois desfazia
Esperança vazia nem um fruto a dois
Mas Clara vê dois séculos passarem
E o solitário frio da espera
Alguém que a amava pelo tempo
A aguardava e ainda lhe diz sim
Passa o tempo, passam os homens
O carro de boi, os aviões
Hoje é Karina, bela menina c
Om mil paixões a eclodirem por si
Mas seu querer é mais que os tufões
É mais que os vulcões
Quer abrandar seu amor, Karina
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