Miragens Celestes - B. Lopes (Espírito)
Maurício Gringo
Sublimes atmosferas, luminosas, rarefeitas
Sem as medidas estreitas das horas que marcam eras
E as almas puras, eleitas, quais flores das primaveras
Buscando vão as esferas das alegrias perfeitas
Vão todas, espaço em fora, como lírios cor da aurora
Modeladas pela dor
E onde passam sorridentes abrem-se rosas virentes
Rosas de paz e de amor
Uma campina de flores
Em pleno espaço infinito, onde desperta um precito
De um pesadelo de dores
Envergara o sambenito dos pedintes sofredores
Vivera entre os amargores de um sofrimento bendito
E nessa etérea campina recebe a esmola divina
Nesse batismo de luz
Recebendo entre outros gozos
Dos lábios de anjos formosos
O ósculo de Jesus
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