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Desgarrados
Mário Barbará
Harapeado
Desgarrados
Se encuentran en el muelle del puerto junto a las aceras
Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas
Hacen trabajos extraños en los mercados, en las esquinas
Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas,
Llevan basura, venden revistas, recogen baganas
Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas
Y son colgantes de las avenidas de la capital
E são pingentes das avenidas da capital
Se esconden a través de las viviendas entre barrios marginales
Eles se escondem pelos botecos entre cortiços
Y olvidar que cuentan historias viejas y valientes
E pra esquecerem contam bravatas, velhas histórias
Y luego es un lastre, mucho daño, toda la noche
E então são tragos, muitos estragos, por toda a noite
Los ojos abiertos, el lejos está cerca, lo que cuenta es el sueño
Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Soplar vientos callejeros, agobiados de anhelo
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
Han gafas se convierten en mundos, pero lo que fue nunca será
Viram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais será
Cevavam mate, sonrisa franca, pajar iluminado
Cevavam mate,sorriso franco, palheiro aceso
Se pusieron calientes, causas contadas, espolones de pulido
Viraram brasas, contavam causos, polindo esporas,
Helada fría, café picante, mucho alboroto
Geada fria, café bem quente, muito alvoroço,
Arneses firmes y en el cuello bufandas rojas
Arreios firmes e nos pescoços lenços vermelhos
Conjunto de hueso, bastón de espera y el pan del horno
Jogo do osso, cana de espera e o pão de forno
El maíz asado, la carne grasa, la línea recta
O milho assado, a carne gorda, a cancha reta
Hicieron planes y ni siquiera sabían que eran felices
Faziam planos e nem sabiam que eram felizes
Los ojos abiertos, el lejos está cerca, lo que cuenta es el sueño
Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Soplar vientos callejeros, agobiados de anhelo
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
Han gafas se convierten en mundos, pero lo que fue nunca será
Viram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais será
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