Alma e Campeirismo
João Luiz Corrêa
Sou de uma estirpe deste meu povo bem guapo
Que taco a taco traz a verdade de um pago
Plantando cantos nos galpões do crioulismo
Velho xucrismo que se mantém a lo largo
As rosilhonas tão carcando na campanha,
Mantendo a manha de um campeirismo curtido
Segue o bandão destes costumes e maneiras
Pela porteira da cultura e o seu sentido
Refrão:
Então me orgulho de ter nascido gaúcho
Taura repuxo, enraizado neste canto
Num bate-casco de boquea barba-de-bode
Não há quem rode nesta raça eu te garanto.
Nossos rincões trazem um lenço no pescoço
É um colosso se ter personalidade
Na capital os gaúchos vão pra os bosques
Passar à tarde, sofrenando uma saudade
Este atavismo que mora no nosso sangue
Faz do Rio Grande um estado com consciência
Manter legados cultivando a própria história
É a nossa glória, somos xucro da querência
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