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Eu poderia ser mais não sou
A cólera desse mundo que você criou
Você me considera mais não me respeita
Sou sua doença, sou o papel e a caneta
A bactéria, que infecciona seus ouvidos
A droga que vicia, e rouba seu sorriso
Eu nasci do seu preconceito do abandono
Como lixo orgânico, o rato nos escombros
Sou a poeira, que trás a renite alérgica
Na receita o psicopata ou sua medica
Quem sabe um câncer, a maioria na favela
O síndrome de down que vende droga na viela
Eu sou a febre de 40graus que soa frio
Enrolado no coberto a vergonha do Brasil
Você me chama de suicida uma depressão
Um louco doente e microfone na mão
Abalando as estrutura a mente o coração
O pensamento insano, em meio a solidão
Um mal pra sociedade uma carnificina
Mais nunca enchi de sangue a sua piscina
Eu posso ser como a gripe viária a suína
Ou a covid que você trouxe lá da China

Eu sou sua doença, o flagelo e o descaso
Então me diz quem o réu, vitima ou culpado

Fabrica que manipular e cria bandido
Injetando veneno, causando suicídio
Mal de Alzheimer na grande maioria
Pobreza e miséria digno da periferia
Derrame, avc uma parada cárdica
Você entra em coma eu já sabia
Paralisado do pescoço pra baixo
Verdade e o que penso o que acho
Desespero agonia, uma convulsão
Uma mãe chora um filho um caixão

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