Eu Vim Da Roça

Olho essa ruas tão cheias de gente
Que vai seguindo sem poder parar
O rosto sério sem nenhum sorriso
Ninguém se cumprimenta pra não se atrasar
Todos com medo, ninguém se conhece
Todos se afastam pra não se envolver

Ninguém ajuda, ninguém se aproxima
e ninguém tem nada pra oferecer

Mas eu vim de lá da roça
E não consigo me acostumar
Sinto saudades da minha cidade
E da minha gente que ficou por lá

Olho as crianças que não têm infância,
Seus rostinhos tristes me fazem lembrar
De que eu corria livre pelos campos
E que aquele tempo não vai mais voltar

O ar coberto de fumaça negra
Que vai sufocando a quem vai respirar

Cidade amarga, carros que atropelam
Estou aqui agora, mas não vou ficar

Vengo de Roça

Miro estas calles tan llenas de gente
Que sigue sin poder parar
El rostro serio sin sonrisa
Nadie se saluda para que no lleguen tarde
Todos asustados, nadie se conoce
Todos se van para no involucrarse

Nadie ayuda, nadie se acerca
y nadie tiene nada que ofrecer

Pero yo vengo del pais
Y no puedo acostumbrarme
Extraño mi ciudad
Y mi gente que se quedó ahí

Miro a los niños que no tienen niñez
Sus caritas tristes me recuerdan
Que corrí libre por los campos
Y ese tiempo nunca volverá

El aire cubierto de humo negro
Que asfixia a los que respiran

Ciudad amarga, autos que atropellan
Estoy aquí ahora, pero no me quedaré

Composição: Fernando Mendes