Síndrome
Eu Acuso!
A liberdade é uma ameaça
À liberdade de comprar
A propaganda que embriaga
Teus sentidos e coloca uma mordaça
A tua boca quer gritar
Mas ao teu lado faltam ouvidos
Ninguém se importa em escutar
Os teus lamentos esquecidos e a vontade de lutar
Nesse jogo mortal
Onde todos somos feras
Sequestrados e vendidos no mercado formal
Amarrados aos desejos de uma vida efêmera
Escolha sua vitrine
Onde está o produto a cada eleição
A mentira que cativa, ilusão suicida
O cativeiro é uma urna em forma de televisão
Os olhos vendados andando no escuro
Recitando o salmo, não enxergo a um palmo
Síndrome de Estocolmo
Sequestrados os sonhos
O cartão de crédito fecha o cadeado
Os desejos mesquinhos capturam o futuro
O sistema obscuro desconstrói o passado
Falsa liberdade de escolhas
Cada passo vigiado pelo grande irmão
Liberdade presumida garantida em mil folhas
Nesse jogo de mentiras e ilusão
Os olhos vendados andando no escuro
Recitando o salmo, não enxergo a um palmo
Síndrome de Estocolmo
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