Problemas Sempre Existiram

Não fui eu
Não foi você
Nem foi a máquina de escrever
Que matou a poesia
Que matou a poesia

Não foram os Deuses
Nem foi a morte de Deus
Não foi o jabá da academia
Que matou a poesia
Que matou a poesia

O fim de semana
O fim do planeta
A palavra "sarjeta" no fim do poema
Problemas sempre existiram
Problemas sempre existiram
Esteroides anabolizantes
(Samplers)
Dicionários de rima
O medo do fim no final das contas
Problemas sempre existiram
Problemas sempre existiram
Sempre existirão
Sempre existirão
Sempre existirão

A última palavra é a mãe de todo o silêncio
Façamos silêncio para ouvir o último suspiro
Descanse em paz a mãe de todas as batalhas
A última palavra é a mãe de todo o silêncio
Descanse em paz, dê o último suspiro
Façamos silêncio para ouvir o último poema

Por que você não soa quando toca?
Por que você não sua quando ama?
Ninguém derrama sangue
Quando perde, guerras de fliperama!
Por que você não sua quando toca?
Por que você não soa quando ama?
Por que você não soa quando toca?
Por que você não sua quando ama?

As mentiras da arte são tantas
São plantas artificiais
Artifícios que usamos
Para sermos ou parecermos
Mais reais
Um pedaço do paraíso
Uma estação no inferno
Uma soma muito, muito, muito maior do que as partes
As mentiras da arte

(O último poema)

Los problemas siempre han existido

No fui yo
No fuiste tú
Ni siquiera era la máquina de escribir
Quién mató a la poesía
Quién mató a la poesía

No fueron los Dioses
Ni fue la muerte de Dios
No era el Jabá de la academia
Quién mató a la poesía
Quién mató a la poesía

El fin de semana
El fin del planeta
La palabra «alcantarilla» al final del poema
Los problemas siempre han existido
Los problemas siempre han existido
Esteroides Anabólicos
(Muestreadores)
Diccionarios de rima
El miedo al final al final
Los problemas siempre han existido
Los problemas siempre han existido
Siempre habrá
Siempre habrá
Siempre habrá

La última palabra es la madre de todo silencio
Silencio para escuchar el último aliento
Descansa en paz la madre de todas las batallas
La última palabra es la madre de todo silencio
Descansa en paz, respira tu último aliento
Silencio para escuchar el último poema

¿Por qué no suenas cuando tocas?
¿Por qué no lo usas cuando lo amas?
Nadie derrama sangre
Cuando pierdes, ¡guerras arcade!
¿Por qué no tocas cuando juegas?
¿Por qué no suenas cuando amas?
¿Por qué no suenas cuando tocas?
¿Por qué no lo usas cuando lo amas?

Las mentiras del arte son tantas
Son plantas artificiales
Artificios que utilizamos
Ser o mirar
Más real
Un pedazo de paraíso
Una estación en el infierno
Una suma mucho, mucho, mucho más grande que las partes
Las mentiras del arte

(El último poema)

Composição: Humberto Gessinger