Metendo Corda
Éder Goulart
Fim de semana vou engraxando os arreios,
Apertando os meus anseios nas argolas do cinchão,
Semana inteira, banho, tosa e brete cheio,
E um fogo pros bruxuleios e espojos do coração.
Pingo amilhado, preparado pro rodeio,
Presilha de palmo e meio do laço que vem sovado,
Vem bem lustrado de uma arrastada no campo,
Na vacaria me acampo metendo corda no gado.
Pode soltar que eu já vou metendo corda,
Espora em aporreado e os olhos nas percantas,
Neste rodeio, por gaudério, estou no meio,
Canto, laço, gineteio e levanto pó nas bailantas.
Ilhapa forte, chumbado prá qualquer vento,
E o flete que é um pensamento nas patas não perde a rês,
Talvez este ano, eu volte de carro novo,
Abanando para o povo, pode ser a minha vez!
Cerrada a armada, apeio sou preparado,
Vou campear uma aporreado prá matar a sede da espora,
Pois sou sulino e já amansei o meu destino,
No lombo destes malinos que se negam campo afora.
No fim de tarde, açude e pilcha nova,
Porque agora vou dar sova numa bailanta graúda,
Lustrar a guaiaca e arrastar a sola da bota,
Colado numa "mamota" com ares de botocuda.
Enche a sala ao som de uma botoneira,
E se toca um chote bem gaúcho, arrebento o maneador,
Tanto calor, de mãos dadas vou prá copa,
Parecendo um rei de copas numa carpeta de amor.
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