Banalidades
Circo Quebra Copos
Tenho tido crises e não sei se me convém
Lhes explicar que há vida em todo lugar
Não tenho tempo
Veja, morto ando tão afoito sempre
Espero ordens e notas
Banalizo assim o mal
Acordo às seis da manhã
Não vejo o cristo nunca na janela
Percebo a sombra fosca de um chacal
Uivando pela graça
Das mazelas
Me ordenham delirante e sem aval
E depois, sem muito amor, me alimentam
Sou criado do rebanho sem astral
Pela lei, assassino a consciência
Sinta calado o que sou e o que faço
Já não posso parar pra comer
Meus dias inteiros eu passo acordado
Um pobre diabo que vê
Os dias passando
Um ledo engano
A mão se perdeu no dever
E todos os sonhos passivos
De um Deus que só que receber
Tenho tido crises e não sei se me convém
Lhes explicar que há vida em todo lugar
Veja, morto, ando tão afoito sempre
Espero ordens e notas
Banalizo assim o mal
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