Coisas do Rio (part. Vinicius Bondim)
Vincent
Dá pra ver por essa avenida tão comprida
O calor exalta as saídas da vida
Coisas do Rio
Coisas do Rio
Coisas do Rio
Sonhos são moldados em forma de gente
Sonhos são comprados por pessoas indecentes
Coisas do Rio
Coisas do Rio
Coisas do Rio
Carros, grana, luxo na cidade maravilha
Barracos, lama, entulho na cidade das famílias
Indignação, má educação
IPTU caro, precário asfalto
E o Rio só pensando na globalização
É preto que morre pra branco
É branco no banco
Preto velho de santo
E branco no descanso do tamanco
Aqui não se afoga ganso
Tem sempre dinheiro sobrando
Chama os republicanos
Que vão pra Noronha de Fernando
Tem mulheres qualquer
Tem qualquer tipo de mulher
Aqui tem gente de fé
Que vai contra a maré
Tem pessoas ralé
Tem os que caem de pé
Os que falam adùpé
Os que dão glória de pé
Infelizmente essa pessoas sabem como é
O dia a dia da cidade que não dorme mané
Dá pra ver por essa avenida tão comprida
O calor exalta as saídas da vida
Coisas do Rio
Coisas do Rio
Coisas do Rio
Sonhos são moldados em forma de gente
Sonhos são comprados por pessoa indecente
Coisas do Rio
Coisas do Rio
Coisas do Rio
Muito tiro, pouca aula
Pouca aula, mais bandidos
Chacina, perícia
Um moleque perde seu pai na esquina e o perigo
Muito leitinho com pêra no Sol e pé de barro na neblina
Quanto custa um corpo usurpado de uma jovem menina?
A pedra do chão vale mais que ouro nessa cidade maravilha
Rangem os dentes e a fome que dilacera as famílias
O olhar expectativo da criança que aguarda a comida
Diga pra mim, qual é a saída?
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