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Numa alcova quase escura
Sem conforto, sem ventura
Vive alguém sempre a chorar
Esse alguém, que, logo encanta
Deve ser alguma santa
Que não teve o seu altar

Numa alcova quase escura
Sem conforto, sem ventura
Vive alguém sempre a chorar
Esse alguém que logo encanta
Deve ser alguma santa
Que não teve o seu altar

Quanto padece, quanto se agita
Vem numa prece, ora e palpita
E a noite infinda, mata a ilusão
Que resta ainda num coração

Mas, ouvindo a voz dos sinos
Brilham seus olhos divinos
Num terníssimo clarão
E dos lábios macerados
Vão caindo entrecortados
Pedacinhos de oração

Mas ouvindo a voz dos sinos
Brilham os seus olhos divinos
Num terníssimo clarão
E dos lábios macerados
Vão caindo entrecortados
Pedacinhos de oração

Quanto padece, quanto se agita
Quem numa prece, ora e palpita
E a noite infinda, mata a ilusão
Que resta ainda num coração

Compuesta por: Osvaldo Cardoso de Menezes / Zeca Ivo. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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