Salamaleikum - A Epopéia dos Insubmissos Malês (1984)
G.R.E.S. Unidos da Tijuca (RJ)
Levei meu pensamento à Bahia
Ao berço da poesia
Em busca de inspiração
Encontrei personagens realistas
Tidas como anarquistas
Pois queria um Brasil mais irmão
De Alá receberam ensinamentos
De Olorum não se afastaram um só momento
Bravos malês
Negros que enxergaram as razões
E lutaram pela igualdade
Liberdade e justiça social
Salamaleikum elo forte triunfal
Se na veia corre sangue
Do senhor ou do plebeu
Desejavam dar ao próximo
O mesmo que queriam aos seus
Valia ouro, valia prata
A inteligência e a cultura desta raça
Lá na África distante
Trouxeram o misticismo e a magia
Razões de mestres alufás
Usavam estratégia e ousadia
As revoltas se sucederam
Com Luísa Mahin, Licutam e Nassim
A cidadania era o ideal dessas nações
Liberdade ou a morte
Se lançaram a sorte
Olhando o mundo como um jogo de xadrez
Hoje eu sei, vovó
Que não foi em vão
Apesar da nossa história não contar
Toda verdade do tempo da escravidão
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