De Casa
Sonhos Turvos
Rota marginal
Eis o destino a calhar
Com metas grifadas
O mero engano a se cruzar
Hoje satisfaz o mesmo leito de um cão
Me cansei por nada
Depois de um tempo só de busca
Mas eu sou de casa
E algo ata minhas mãos
Mas eu sou de casa
A todo filho cabe voltar
Um luar banal
Uma canoa atraca
Meu pulsar repousa
Crianças, escutem ao meu sermão!
Mas eu sou de casa
E algo ata minhas mãos
Mas eu sou de casa
A todo filho cabe voltar
Quem nunca se afogou no próprio lar
Nem tudo é sempre tão familiar
As vezes nego o próprio refrão
Eu levo um jeito para a contramão
Mas eu sou de casa
E algo ata minhas mãos
Mas eu sou de casa
A todo filho cabe voltar
Mas há tanto mar, Osmar
Como eu nunca vi
Mas eu sou de casa
A todo filho cabe zarpar
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