Bagaço
Sérgio Cassiano
a pedra dorme encanto em viola arde
o sol que toque sonho-engenho acordar
o rio enorme andando em si é a tarde
um cão que corre e ladra a querer plumar
rumar
não é justo que um homem se veja bagaço de cana (bis)
nem só a faca que corta lamina a porta
que abre ou tranca
nordeste nortes areia e vidro e a arte
recifes fortes do acelerar do frear
ver multiforme paisagem figura alarde
poesia e choque pernambucano trançar
dançar
não é justo que um homem se veja bagaço de cana (bis)
nem só a faca que corta lamina a porta
que abre ou tranca
no que cria em mim criei
viva escola em que me afiei
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