Terra de Meu Céu, Estrelas de Meu Chão
Sandra de Sá
Um dia meu pai
Em sua perfeição de criador
Fez do pó a vida e da vida arte
Sua semelhança
Plantou um jardim
Que moldou em mim
O verde esperança
Manhã que vem trazendo massapéis
A doce poesia dos vergéis
Um fogo queima feito Cardeá
No horizonte o Tauá
Dá o tom da nossa gente
E Peço ao padroeiro nordestino, que se una ao divino
Pelo povo Independente
É a lida dos irmãos na caminhada
É a fibra são as mãos, suor na enxada
Ê cheiro de mato
Ê nossa matriz
Filhos do agreste erguem meu país
Quimeras, sereias
Maracajás sobre as águas desse chão
Do barro brilhou, candeia
Jogo do artista mitologia do sertão
Nos lares, altares, as preces desse mundaréu
Guiados pela estrela
Parece até Padre Miguel
No meu Brasil
Certeira é flecha de caboclo
E capitão só de reisado
A realeza é mandacaru
Salve os Brasis
De Papaguns e Jaraguás
Do mais humilde e de paz
Do Alto de Caruaru
É minha terra é, Vila Vintém raiz
Sou mais um Severino, do mestre aprendiz
Céu de inspiração, da minha identidade
Solo sagrado da Mocidade
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