Nunca me esqueci de ti

Bato a porta devagar,
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o cais. Flor do cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida

É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira

Mas nunca
Me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti

Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão

Mas nunca
Me esqueci de ti
Não, nunca me esqueci de ti
Não, nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti

Nunca me esqueci de ti
Não não não não não nunca me esqueci de ti

Não não não não não não não não
Nunca me esqueci de ti

Não não
Nunca me esqueci de ti..

Nunca te he olvidado

Golzo la puerta lentamente
Me veo sólo una vez más
Qué hermosa es esta avenida
Este es el muelle. Flor del muelle
Aguas tranquilas y la desnudez
Frágil como las alas de una vida

Es la risa, es la lágrima
La expresión incontrolada
No podría ser de otra manera
Es suerte, es el destino
Un puñado de nada
Y el mundo al lado de la cama

Pero nunca
Me olvidé de ti
Nunca te olvidé
Nunca te olvidé
Nunca te olvidé

Todo cambia, todo parte
Todo está al revés
Fragilidad memoria de la pasión
Es la luna. Fin de la tarde
Es la brisa donde me quedo dormido
Hot como tu mano

Pero nunca
Me olvidé de ti
No, nunca te olvidé
No, nunca te olvidé
Nunca te olvidé

Nunca te he olvidado
No, no, no, no, nunca te olvidé

No, no, no, no, no
Nunca te he olvidado

No, no, no, no
Nunca te olvidé

Composição: João Monge / Rui Veloso