Grito da Natureza
Rogê
Quando o vento sopra na mata
Eparrêi Iansã que dança
Perde a ave seu prumo
Berra o tronco que quebra
E o ronco alto do céu de chumbo
Chuva forte cai na floresta
Ora yê e Oxum que canta
Cachoeira tão boa
Olho d'água na fonte
E o grito da natureza ecoa
Chuva que cai é pra lavar
Levando o mal embora
O Sol depois rasga o céu
Trazendo a cor que aflora
Quando o mar se encamaleoa
Odoyá Yemanjá se enfeita
Onde acaba o caminho
Onde o céu se reflete
Sol e a Lua fazem seu ninho
Vida sempre que se renova
Gira mundo e corre o tempo
Água que evapora
Verde novo de novo
Um ciclo fecha, abre outro agora
Chuva que cai é pra lavar
Levando o mal embora
O Sol depois rasga o céu
Trazendo a cor que aflora
Chuva que cai é pra lavar
Levando o mal embora
O Sol depois rasga o céu
Trazendo a cor que aflora
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