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CypherBox 11 (Kivitz, Inglês, Medulla e Rincon Sapiência)

Rap Box

[Klivitz]
O pior dos piores, eu, o mais falso entre os falsos
Meu pai, me perdoa, mas se é de verdade essa porra
Eu só entro descalço
Deixei minha sandália lá fora e a mentira do hype
Cai de joelhos, lembrei que sou pó antes de ligarem meu mic
Eu venho em nome do sem nome, trago notícias do front
Trago sua dose num copo, do sangue puro da fonte
No meu já falido corpo, trago uma fração do sopro
Que colhi pelo caminho da minha relação com loucos
Com escravos que foram soltos, com velhos que foram soltos
Sábios tratados como monstros, trago o mel desses encontros
Trago a dúvida da fé em si, a oração que sobe torta
O silêncio da resposta que corta, confunde e conforta
Eu trago as dores dos cantores, toda solidão do palco
A ilusão dos camarins e os rins marcados pelo álcool
Trago aqui o só o que de mim restou
Ai de quem conhece quem eu sou
Mas sei pelo que vim e, enfim
Pelo vento, é até o fim que vou!

[Inglês]
Sabe quando o peito bate?
Sabe quando o peito bate?
E todo tempo do mundo cabe num segundo
É a fé, é o surto e a boca chama por milagres
O dentes da fome e o os dentes do medo
Juntos latem face a face
E não há nada que me faça
Recuar desse combate

É que eu vim do Nordeste, menor
Na boleia de um caminhão
Famílias e famílias por milhas e milhas
São sonhos e sinas, histórias de superação

Iguais a mim também
As mesmas cicatrizes
Nós somos o movimento
Nós somos o movimento

Só quem passa necessidade sabe
Só quem passa necessidade sabe
Só quem passa necessidade sabe
Sabe quando o peito bate!

[Medulla]
Internos sem regalias, a cada passo me aprisiono
Num nítido flash de idiota
Idolatria doma a língua e livremente a terra gira
Atrita com meu ego, erro interno, mas eu supero
Sistema laico sorri pra mim toda manhã
É a manhã irmã, resenha sã, bem-vindo ao seu divã
Fique calado enquanto moldando sua alma te reparam
Repara, para toda loucura é rara
Eu vejo como te sangram, é sem amor
Agora vi o bloco de notas, é parte do complô
E se perdeu, comprou, loteado por ser nobre
Verdade, coisa que homem branco não se envolve

Geral breca, trava a fala sem visão, vende até a Meca
Meu rec é clave, os verso crava no conto de Davi
Venci o deserto do Saara, fazendo som que sara
Nos grave do Opala, explana as ideia, odisseia nossa
A resposta e nada para uma mente que se abre
É um portal que se renova
Nunca em mãos opostas, vendo joia rara

Como aprendi com quem cheguei até aqui
Na verdade, me perdi na busca do eu
Progredir nessas milhas que não volta
A saga que sabota, mas sigo a cultura como proposta

[Rincon Sapiência]
Portando casacos e chapéis
Portando correntes e ganéis
Colocando recheio nos papéis
Check-in, check out nos hotéis
Misturo leituras e minhas vivências
E sigo fazendo meus coquetéis
Microfone abrindo os caminho
Nos conto da bíblia, seria o Moisés
Mar Vermelho se abre-abre
Quando levanta o cajado-jado
Várias mente se abre-abre
Quando mando meu recado-cado
Tipo dente de sabre, sabe
O oponente rasgado-gado
Papo reto sem falsa humildade
Nos negam espaço, seremos forgado

Atrasa lado, nem vem
Quando é papo de grana, come on, come on
Herdeiro do ouro, sou faraó
Eu tô na picadilha, Tutancâmon
Tá bem, tá bem, tá bom, tá bom
Garoto maroto Alcione
Meu segundo nome não é Corleone
Mas na assinatura eu tenho o dom
A dama ligou, quer um vinho
Peguei a garrafa, levinho
Olha a explosão, Kevinho
Marola marola, pique Livinho
Filho do rap, sobrinho do punk
O funk, o irmão caçula
Do rap passeio no rock
É tipo um transplante de Medulla
Do rap passeio no rock
É tipo um transplante de Medulla


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