Canapés
Rafael Castro
Se eu reconheço um capitão
Já penso logo em me pirulitar do pelotão
E ver o bicho pegar de longe;
Abrir uma cerveja e outras três de antemão,
Pra me poupar de tensão.
Eu não tenho lá muita razão pra lhe dizer se sim, se não,
Não faço e nem quero ouvir qualquer reclamação.
Prefiro a gente sem roupa.
E é bem melhor que amanhã seja domingo.
Enquanto isso lá no quartel:
Toda galera em marcha pra virar o coronel
E sair de coldre recheado.
Mas eu já vou me contentando em ser um menestrel
Ou cantador de bordel.
Só é preciso que você preserve algum pra acertar o do motel
E se sobrar, me pague um coquetel.
Os canapés eu dispenso.
A gente agüenta mais um pouco sem dormir.
O pessoal agora estabelece a disciplina
E toma fluoxetina.
Daí se acorda nu, descabelado e come um pão com margarina,
Dá risada, dá mais uma e esquece da faxina.
Olha que coisa proibida.
Olha que sorte eu dei em não ouvir ninguém.
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