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Era Uma Vez

Neto Fagundes

Era uma vez um potrinho baio
Era uma vez um negrinho só
Quando o potrinho fez-se potro o negrinho
Continuou pequenininho e cada vez mais só

Foi uma vez carreira grande
O corredor era o negrinho só
O baio-raio tropeçou na raia
Libras de ouro se fizeram pó

Acenda velas quem não sabe o resto
Da velha história que eu cortei ao meio
E ao pé das velas deixa fumo-em-rama
Para o negrinho do pastoreio

Galopa, lop, galopa
Cavalo de assombração
Baio-raio pelo de lua
Risca chispa na escuridão

Vai o casco, fica o rastro
Passa o vulto, fica o susto
Quem viu duvida que viu
Quem pensa que viu não viu

Compuesta por: Aparicio Silva Rillo / Mário Barbará. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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