Hoje Quem Paga Sou Eu
Nelson Ned
Antigamente, nos meus tempos de ventura
Quando eu voltava do trabalho para o lar
Desse bar, alguém gritava com ironia
Entra, mano, que o fulano vai pagar!
Havia sempre alguém pagando um trago
Pelo simples direito de pagar
Havia sempre uma tragédia entre dois copos
Nas gargalhadas de um infeliz a soluçar
E eu sabia que era estranho nesse meio
Um estrangeiro na fronteira desse bar
Mas bebia, outro pagava, e eu partia
Para o mundo abençoado do meu lar
Hoje faço desse bar a sucursal
Do meu lar que atualmente não existe
Tenho minha história pra contar
Uma história que é igual, amarga e triste
Sou apenas uma sombra que mergulha
Num oceano de bebida, o seu passado
Faço parte dessa estranha confraria
Do vermute, do conhaque e do traçado
Mas se passa pela rua algum amigo
Em cuja porta a desgraça não bateu
Grito que entre nesse bar, beba comigo
Hoje quem paga sou eu
Hoje faço desse bar a sucursal
Do meu lar que atualmente não existe
Tenho minha história pra contar
Uma história que é igual, amarga e triste
Sou apenas uma sombra que mergulha
Num oceano de bebida, o seu passado
Faço parte dessa estranha confraria
Do vermute, do conhaque e do traçado
Mas se passa pela rua algum amigo
Em cuja porta a desgraça não bateu
Grito que entre nesse bar, beba comigo
Hoje quem paga sou eu
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