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O Ciúme
Maria Bethânia
Celos
O Ciúme
Duerme el sol en la flor de Chico, al mediodía
Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Todo tocones borracho de su fuego
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Sleeps bridge, Pernambuco, Río, Bahía
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Sólo ve un punto negro: mis celos
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme
Los celos arrojaron su flecha negra
O ciúme lançou sua flecha preta
Y si vio un moretón justo en la garganta
E se viu ferido justo na garganta
Que ni alegre ni triste ni poeta
Quem nem alegre nem triste nem poeta
Entre Petrolina y Juazeiro canta
Entre Petrolina e Juazeiro canta
Velho Chico viene de Minas
Velho Chico vens de Minas
Donde se escondió el ocultismo del misterio
Onde o oculto do mistério se escondeu
Sé que lo tomas todo en ti, no me enseñas
Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
Y yo solo, yo solo, yo solo, yo solo
E eu sou só, eu só, eu só, eu
Juazeiro, ni siquiera recuerdas esa tarde
Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, ni siquiera entendiste
Petrolina, nem chegaste a perceber
Pero en la voz que canta todo todavía arde
Mas, na voz que canta tudo ainda arde
Todo es pérdida, todo quiere buscar, ¿dónde está?
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê
Tanta gente canta, tanta gente se callan
Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas estiradas en la curtiduría
Tantas almas esticadas no curtume
En cada camino, en cada habitación
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Se cierne, monstruoso, la sombra de los celos
Paira, monstruosa, a sombra do ciúme
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