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Como figura surgida
Do ventre fundo dos anos
Sua Estampa de fronteira
Sacudida de minuanos

Se derramava em guitarras
Pelos fogões campechanos
Contava até que de noite
Quando solito estradeava

Se o vento no alambrado
Lhe desafiando assobiava
Ele então de contraponto
Até com o vento cantava

Dizia o velho cantor
No seu campeiro cantar
Quem passa a vida cantando
Não sente a vida passar

Era o pago que encarnara
Com sua baguala essência
Neste campeiro quixote
Que cruzava existência

Palanqueando as tradições
De sua velha querência
Onde andará o guitarreiro
Já ninguém pode saber

Quem sabe se foi como vento
Novos cantos aprender
Quem sabe se fez guitarra
Para cantando volver

Nas mãos de novos cantores
Num eterno renascer

Compuesta por: Gilberto Carvalho / Marco Aurélio Vasconcellos. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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