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Verseador
Marcelo Oliveira
Verseer
Verseador
Cada palabra que canto huele a tierra y hierba
Cada palavra que eu canto tem cheiro de terra e pasto
Y la melodía de los bastos en un estelar doradilho
E a melodia dos bastos num doradilho estreleiro
Autostop y poca rima, con pelaje y lomo sudoroso
Rimo carona e baixeiro, com pêlo e lombo suado
Y firmo el nombre a un lado, con un par de espuelas campesinas
E assino o nome do lado, com um par de esporas campeiro
Puse un vellón en la melena, en el pegamento solo recorto los extremos
Ajeito um toso na crina, na cola só aparo as ponta
Y la tradición ya me dice que incluso tengo cuatro ramas
E a tradição já me aponta que eu ate de quatro galho
Para mí no es aún más trabajo, los amaneceres de encilha
Pra mim nem é mais trabalho, as madrugadas de encilha
Aquellos que se ahorcan temprano encuentran mejores los atajos
Quem bem cedo se enforquilha, acha melhor os atalho
Soy un activista, tengo la palabra luz
Sou verseador de campanha, tenho a palavra ligeira
Y un acento fronterizo, envuelto en argumentos
E um sotaque de fronteira, cinchado de argumento
Sintonizo mientras intento, cuando la cordeona se hace cosquillas
Eu me afino qual tento, quando a cordeona se assanha
Aún más si un canha, endulza mis pensamientos
Ainda mais se uma canha, adoça meu pensamento
Durante mucho tiempo he estado cantando lo que sé y pienso
De a muito venho cantando aquilo que sei e penso
No sé si el color de mi bufanda, rima con la gorra
Não sei se a cor do meu lenço, rima com a boina tapeada
Mi punta de lápiz rota, ya hice mil versos de amor
Meu lápis ponta quebrada, já fez mil versos de amor
Me garantizo versoador, señalo y vuelvo a la carretera
Me garanto verseador, me aponto e volto pra estrada
Leí en un libro estos días, algunas palabras hermosas
Eu li num livro estes dias, umas palavras bonitas
Y lo até con un lazo de cinta para dárselo a mi regalo
E atei com laço de fita pra entregar pra minha prenda
En estos versos orden le dejé un beso
Nestes versos de encomenda deixei um beijo pra ela
¿Quién me saludó con la mano cuando llegué a la venta?
Que me acenou da cancela, quando eu chegava na venda
Por este mundo de Dios, he cruzado tantas bibocas
Por este mundo de Deus, já cruzei tanta biboca
Que de vez en cuando alguien toca mis versos en algún cobertizo
Que vez em quando alguém toca meus versos n’algum galpão
Escucho el sonido de una guitarra rasgueando solo en la prensa
Escuto o som de um violão dedilhando só nas prima
Y pongo las rimas a la causa de una milongão
E vou encordoando as rima, pra o causo de um milongão
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