Vem festejar, na palma da mão
Eu sou o samba, a voz do morro!
Não dá pra conter tamanha emoção
Cacique e Mangueira num só coração

Salve a tribo dos bambas
Onde um simples verso se torna canção
Salve o novo Palácio do Samba
O doce refúgio pra inspiração
Debaixo da tamarineira
Oxóssi guerreiro me fez recordar
Um lugar, o meu berço num novo lar
Seguindo com os pés no chão
Raiz que se tornou religião
Da boemia, dos antigos carnavais
Não esquecerei jamais!

Firma o batuque, quero sambar
Me leva! A Surdo Um faz festa
Esqueça a dor da vida, ô
Caciqueando na avenida

Sim
Vi o bloco passando
O nobre rezando e o povo a cantar

Sim
Era um nó na garganta
Ver o Bafo da Onça desfilar

Chora
Chegou a hora, eu não vou ligar
Minha cultura é arte popular
Nasceu em Fundo de Quintal
Sou Imortal e vou dizer
Agonizar não é morrer
Mangueira, fez o meu sonho acontecer

O povo não perde o prazer de cantar
Por todo universo minha voz ecoou
Respeite quem pôde chegar
Onde a gente chegou!

Composição: Igor Leal / Junior Fionda / Lequinho / Paulinho Carvalho