Pra o Meu Consumo

Têm coisas que tem seu valor
Avaliado em quilates, em cifras e fins
Em cifras e fins...
E outras não têm o apreço
Nem pagam o preço que valem pra mim

Tenho uma velha saudade
Que levo comigo por ser companheira
Por se companheira...
E que aos olhos dos outros
Parecem desgostos por ser tão caseira

Não deixo as coisas que eu gosto
Perdidas aos olhos de quem procurar
Mas olho o mundo na volta
Achando outra coisa que eu possa gostar
Tenho amigos que o tempo
Por ser indelével, jamais separou
E ao mesmo tempo revejo
As marcas de ausência que ele me deixou..

Carrego nas costas meu mundo
E junto umas coisas que me fazem bem
Que me fazem bem...
Fazendo da minha janela
Imenso horizonte, como me convém

Daz vozes dos outros eu levo a palavra
Dos sonhos dos outros eu tiro a razão
Eu tiro a razão...
Dos olhos dos outros eu vejo os meus erros
Das tantas saudades eu guardo a paixão

Sempre que eu quero, revejo meus dias
E as coisas que eu posso, eu mudo ou arrumo
Mas deixo bem quietas as boas lembranças
Vidinha que é minha, só pra o meu consumo...

Para mi consumo

Hay cosas que tienen su valor
Clasificación en quilates, cifras y propósitos
En cifras y extremos
Y otros no tienen el aprecio
Ni siquiera pagan el precio que valen para mí

Echo de menos un viejo anhelo
Que me llevo conmigo por ser un compañero
Como acompañante
Y que a los ojos de los demás
Parecen desgarradores por ser tan hogareños

No dejo las cosas que me gustan
Perdido en los ojos de cualquier persona a buscar
Pero miro el mundo alrededor
Encontrar otra cosa que podría gustarme
Tengo amigos esa vez
Porque era indeleble, nunca se separó
Y al mismo tiempo revisé
Las marcas de ausencia que me dejó

Llevo mi mundo en mi espalda
Y junté algunas cosas que me hacen bien
Eso me hace bien
Saliendo de mi ventana
Inmenso horizonte, como me conviene

Dar las voces de los demás Tomo la palabra
De los sueños de los demás tomo la razón
Tomo la razón
Desde los ojos de los demás veo mis errores
De todos los anhelos mantengo la pasión

Siempre que quiero, revisaré mis días
Y las cosas que puedo, cambio o arreglo
Pero mantengo los buenos recuerdos en silencio
Una pequeña vida que es mía, sólo para mi consumo

Composição: Luiz Marenco / Paulo Souza