Bandeira da Guerra
Luiz Marenco
Uma carreta rangindo, ainda nessas estradas
Trazendo a história de um povo e uma bandeira
Hasteada
No mesmo tranco dos bois, chega de um tempo passado
Lerda e pesada pra venda, vai adentrando o povoado
Marcas de cascos e rodados na mesma estrada de terra
Que n'outro tempo levou esta bandeira de guerra
Por este pago de léguas, de várzea e coxilha larga
Abrindo rumos à frente a comandar uma carga
Uma parelha de pampas, outra buena de brasinos
Trazendo a força das juntas, juntas pro mesmo
Destino
Dos que botam a mão na terra pra garantir seu
Sustento
E carregam já puídas suas bandeiras no vento
Vai perto a dor da picana, mais longe um cusco de
Atrás
E a esperança no rastro de quem tem fé no que faz
Trazendo nessas carretas, vida e luta
Acolheradas
E uma história mermando de tanto tempo e estrada
Pra quem olhasse ainda hoje uma carreta e seu
Dono
Nem se daria por conta esse tamanho abandono
Aos que trazem seu destino e a vida na própria
Cara
E a bandeira do Rio Grande na ponta de uma taquara
Uma parelha de pampas, outra buena de brasinos
Trazendo a força das juntas, juntas pro mesmo
Destino
(Dos que botam a mão na terra pra garantir seu
Sustento
E carregam já puídas suas bandeiras no vento.) Bis
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