Retrato Pra Iaiá

Iaiá, se eu peco é na vontade
De ter um amor de verdade
Pois é, que assim, em ti, eu me atirei
E fui te encontrar
Pra ver que eu me enganei

Depois de ter vivido o óbvio utópico
Te beijar
E de ter brincado sobre a sinceridade
E dizer quase tudo quanto fosse natural
Eu fui praí te ver, te dizer

Deixa ser como será
Quando a gente se encontrar
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar
Deixa ser como será
Eu vou sem me preocupar
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar

De perto eu não quis ver
Que toda a anunciação era vã
Fui saber tão longe
Mesmo você viu antes de mim
Que eu te olhando via uma outra mulher
E agora o que sobrou
Um filme no close pro fim

Num retrato-falado eu fichado
Exposto em diagnóstico
Especialistas analisam e sentenciam
Oh, não!
Deixa ser como será
Tudo posto em seu lugar
Então tentar prever serviu pra eu me enganar

Deixa ser como será
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés
Em preto e branco, em hotéis
Numa moldura clara e simples
Sou aquilo que se vê
Não é

Retrato a Yaiá

Sí, si peco, está en el testamento
Tener un verdadero amor
Sí, de esa manera, me tiré a ti
Y fui a buscarte
Para ver que estaba equivocado

Después de haber vivido la obvia utópica
Te beso
Y haber bromeado acerca de la sinceridad
Y decir casi cualquier cosa natural
Vine a verte, a decirte

Que sea como será
Cuando nos encontremos
En el pie, el cielo de un parque que nos asiste
Que sea como será
Me voy sin preocuparme
Y creer para ver cuánto puedo adivinar

De cerca, no quería ver
Que todo el anuncio fue vanidoso
He ido a saberlo hasta ahora
Incluso tú lo viste antes que yo
Que te miré, vi a otra mujer
Y ahora lo que queda
Una película cerca del final

En un boceto que reservé
Expuesto en el diagnóstico
Los expertos analizan y condenan
¡Oh, no! ¡Oh, no!
Que sea como será
Todo puesto en su lugar
Así que tratar de predecir significaba que me engañara a mí mismo

Que sea como será
Ya he puesto en mi lugar
En un continente hacia atrás
En blancos y negras, en hoteles
En un marco claro y simple
Soy lo que ves
No lo es

Composição: Marcelo Camelo / Rodrigo Amarante