Brasão de sangue
Leopoldo Rassier
Todas as auroras que nascem em meu rosto
Trouxeram mates empurrando os horizontes
E os galpões plantados dentro da minh'alma
Fizeram vozes vir na frente destas fontes.
Se vieram os dias nos cascos de mil cavalos
Restos de lua linda beijam o lombilho
De quem carrega no olhar o campo verde
E traz consigo a coragem de cada filho
(Sim, quantos tauras defenderam as tradições
Com as razões vindas nas rugas dos avós
O sangue guapo dos gaúchos é um brasão
Que se forjou no seio de todos nós)
Ei, você que hoje é o novo então presente
Cuide do ontem, dê valor que é merecido
Pois amanhã, aí, você será o passado
E agradeça, caso não seja esquecido
Alô patrão, que foi eleito na entidade
Mostre a verdade retratada com civismo
Leve as crianças pra dentro do CTG
Fazendo ver que a tradição não é modismo
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