Onde Está Deus?
Léo Martins
Eu não estou morto
Ainda não me apaguei
Nas sombras eu me escondi, mas a luz não me apagou
Nos dizeres da minha voz, a vida ainda ressoou
Sou chama que não se apaga, sou vento a soprar
Em cada passo que dou, é prova de que estou a lutar
Lutar numa batalha perdida com o sangue da morte
A foice e o corte é sempre o refúgio dos inocentes
Compaixão com a terra abominada por monstros cruéis
Que destroem tudo falando que estão fazendo seus papéis
No horizonte, as bandeiras tremulam ao vento
Corações aprisionados, sob um único pensamento
Caminhos de fé distorcida, falsas promessas
Em um mundo de seitas, onde poucos podem acreditar
Com livros na mão e dúvidas na mente
Ele busca a verdade, mas a fé é distante
Entre teorias e sombras, um dilema a encarar
No silêncio da razão, não consegue acreditar
No silêncio da noite, um sábio a pensar
Luz de mil livros, mas sem onde parar
Caminha nas sombras, busca a verdade
Entre rimas de ciência e a fé que é realidade
Oh, Deus, onde estás, em meio à razão?
Tuas mãos criaram, mas onde a conexão?
Existem perguntas que o tempo não apaga
Das dúvidas que dançam, a mente se traga
Versos de um pensador que não se conforma
Na busca incessante, a alma se transforma
Olhos na vastidão, estrelas a brilhar
E se o Criador não está a escutar?
Entre as páginas do mundo, se perde a voz
A lógica é forte, mas e se há algo a mais?
Questiona o destino, a dor, e o amor
Na busca de respostas para um eterno clamor
Oh, Deus das ideias, escute a razão
Mas mesmo sem certezas, sigo a questionar
Pois, no fundo, do ser, é preciso amar
Batalhar até o último homem na guerra perdida
Se esconder numa trincheira esperando a bala inimiga
Clamar por socorro e não ser escutado
Raios cortam o céu, o chão a tremer
Corações em estilhaços, só o som do sofrer
Cidades em ruínas, fumaça a subir
E a mão de Deus parece não existir
Gritos perdidos, entre bombas e dor
Esperança apagada, sem voz, sem amor
As lágrimas caindo, regam a terraplanagem
E em cada conflito, ecoa a mensagem
Oh, Deus, onde estás? Com o olhar distante
As almas clamando, em batalha constante
A fé se esvai nas balas que voam
E a oração é um sussurro que a guerra atuar
Rios de tristeza, mares de aflição
Os povos se levantam em busca de uma razão
Mas por que o silêncio quando a dor é profunda?
Na tristeza da guerra, a esperança se afunda
Uma sinfonia de destruição invade o ar
Mas na escuridão, ainda posso sonhar
Que um dia a luz vencerá essa sombra voraz
E que Deus escutará, o clamor da paz
Ninguém será salvo numa seita secreta
Por mais discreta que possa ser
Não há momentos de saudades
Não há momentos de boas vontades
Acabou as esperanças
Acabou a misericórdia
Acabou a alegria
Acabou a vida
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