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Carnaval
Kléber Albuquerque
Carnaval
Carnaval
La máscara de cartón que escondía el rostro de esta colombinaA máscara de cartolina que escondia o rosto dessa colombina
Cayó al suelo, arrugada y pisoteadaCaída no chão, amassada e pisoteada
Por sandalia, por borceguí, por botínPor sandália, por coturno, por botina
Hecha de lápices de colores y purpurina,Feita de lápis de cor e purpurina,
Purpurina y lápices de coloresPurpurina e lápis de cor
Rasgada, magullada, descartada sin pudorRasgada, machucada, descartada sem pudor
Como el corazón de PierrotFeito coração de pierrô
En el salón improvisado del gimnasio municipalNo salão improvisado do ginásio de esportes municipal
Entra el delegado,Entra delegado,
Entra el traficante,Entra traficante,
Entra el filisteo,Entra filisteu,
Entra el marginal,Entra marginal,
Entra todo el mundo, entro incluso yoEntra todo mundo, entro até eu
Que odio el carnavalQue odeio carnaval
EntrenEntrem
Por la puerta principal, felices, contentos, los sobrevivientes de las masacresPela porta da frente, felizes, contentes, os sobreviventes das chacinas
EntrenEntrem
Antes de que las esposas de serpentinas les corten las muñecas del dolorAntes que se arrebentem dos pulsos da dor as algemas de serpentina
Amaneció, yo no amanecíDia raiou, eu não raiei
El gallo cantó, no lo escuchéGalo cantou, não escutei
Ven conmigo, mi amor,Vem comigo, meu amor,
Que la tristeza no tiene cabidaQue a tristeza não tem vez
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