Sem Cais
Juçara Marçal
Mar agitado nas praias de ultramar
Não terá boias pra nos salvar
Fera holográfica semeia o ventre
Que ninguém nunca mais quis semear
Sangra a moral dos filhos e netos que vão
Amesquinhados sem nem mesmo decidir
Se os devires que trazem vão resistir
Ao sangramento da terra que vão cobrir
A intolerância, a loucura de todos nós
Emojis não vão qualificar
Desavisados emulam o futuro
Porta aberta que bateu lá atrás
Terras possíveis nos quase bilhões de sóis
Que jamais deuses irão negar
Sempre sentido, sem medo de decidir
Quanta esperança que já não vai acudir
Vamos embora, vamos embora daqui
Abnegados surfando o mar que advir
Das tempestades, a força que adquiri
Não tem cais, onde hei de parar
Mar agitado nas praias de ultramar
Não terá boias pra nos salvar
Fera holográfica semeia o ventre
Que ninguém nunca mais quis semear
Sangra a moral dos filhos e netos que vão
Amesquinhados sem nem mesmo decidir
Se os devires que trazem vão resistir
Ao sangramento da terra que vão cobrir
A intolerância, a loucura de todos nós
Emojis não vão qualificar
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